terça-feira, 1 de novembro de 2011

OPINIÃO DE UM EDUCADOR CEDRENSE


Meus caros irmãos cedrenses, recebi o texto abaixo de um amigo meu que é professor. A sua opinião traduz a insatisfação da grande maioria quando se trata de falta de respeito ao povo e aos seus direitos. Aqui, faço essa postagem para que todos os leitores do blog possam refletir sobre o pensamento realista deste educador, que terá seu nome preservado, para que não seja motivo de perseguição política por aqueles que, ainda cegos, não conseguem enxergar essa realidade.

‘‘Aos Cedrenses

O nosso Município comemora 91 anos de existência. Vamos Comemorar! Mas será que temos o que comemorar? Podemos refrescar a memória dos muitos casos de falta de respeito pelos cidadãos cedrenses em todos os setores da sociedade. Especificando a área da Saúde e Ação Social, vimos, no decorrer dos últimos anos, o aumento da falta de compromisso e respeito com a classe mais desfavorecida da nossa cidade, sendo arbitrariamente violada nos seus direitos básicos, onde as condições mínimas para uma existência digna não são asseguradas, negando-lhe a cidadania tão conquistada. Pessoas essas que só são reconhecidas como “peças” valiosas em época eleitoral para dar “poder” a poucos. Sendo-os induzidos, coagidos e ainda iludidos com promessas de dias melhores ou em troca de um benefício muitas vezes momentâneo, não tendo uma visão de um futuro melhor e mais digno. Onde não há limitação de poder, não há respeito pela vida e pela integridade física e moral do ser humano. Que cidadania é essa? Por favor, quem souber da resposta me responda. E a área da educação então, essa sim a promotora de todas as desigualdades sociais, é mais uma vítima de violações e desrespeito com os profissionais dessa categoria que, em palavras é a mais bela, mas na prática e ações sabemos que não é bem assim. Onde a liberdade, autonomia, a igualdade e os direitos fundamentais não são reconhecidos e minimamente assegurados, não há espaço para a dignidade humana e as pessoas não passam de mero objeto de arbítrio e injustiças. Mas o que me deixa impressionado é a submissão, é o achar dos profissionais da educação que tudo está maravilhoso, a maioria não faz questionamentos sobre a realidade vigente. Que tipo de aluno querem formar? Cidadãos críticos! Se o próprio professor que medeia e possibilita a transformação social é omisso, ou não sabe o significado dessa expressão, se acomoda no seu mundo inconsciente (ou consciente) e espera a aposentadoria sem perspectiva de mudança social. Como podemos nos conformar? E a nossa consciência? Mesmo assim, vamos comemorar. Vamos comemorar a fé em Deus e a esperança de dias melhores, de conscientização e valorização dos direitos básicos dos cidadãos Cedrenses.’’

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