quarta-feira, 16 de junho de 2010

PRESTIGIEI PARA PARABENIZAR

Quando tomei conhecimento de que meu conterrâneo, Abianto, popularmente conhecido como, Cezar do Acordeon, filho de Antônio Valdivino, da Rua da Ponte, estava em nossa cidade e iria se apresentar na Tapera do Forró, do nosso amigo Luiz Padre, de imediato, adiei meus compromissos para prestigiar o famoso músico cedrense.

Na oportunidade de usar a palavra, de público ressaltei o seu talento e a sua importância na música nacional. Cezar do Acordeon, filho desta terra, tem levado a bandeira de Cedro a todos os palcos em que se apresenta.

Cedro é um celeiro de artistas do acordeon, e Cezar, um dos mais gabaritados, sem esquecer, logicamente, talentos, como o de Zé de Manu, Chico de Tereza, Das Chagas e tantos outros.

Vi a felicidade de todos, que na Tapera do Forró, prestigiavam o filho ilustre, que retribuiu as homenagens tocando a sua sanfona, relembrando no baião, sucessos nordestinos do seu parceiro Luiz Gonzaga.

Parabenizo Luiz do Padre e seus parceiros pela tão nobre iniciativa de reconhecer e valorizar este talento cedrense.

CONHEÇA A TRAJETÓRIA DE SUCESSO DE CEZAR DO ACORDEON

Nascido em Cedro-CE, Cezar do Acordeon, veio para São Paulo em 1971, com a finalidade de divulgar a cultura nordestina através da música e poesia. Em 1977 participou do Festival de Chorinho, realizado pela TV Bandeirantes. Cinco anos depois, integrou o conjunto de Jair Rodrigues, no Programa Coisas Nossas, da TV Record. Seu primeiro LP foi lançado em 1982 com o título “Caruaru em Festa”. No ano de 1983, seu trabalho começou a ganhar destaque no cenário da MPB, quando iniciou ao lado de Carmélia Alves, a Rainha do Baião, do Projeto Pixinguinha, percorrendo todas as capitais do Brasil.

No ano seguinte, realizou uma turnê por 6 cidades do Paraguai, com o Grupo Terra Firme. Mas foi em 1986, ao lado de Luiz Gonzaga e Dominguinhos, participando do Forró eletrônico “Carna Forró”, em Salvador-BA, que o nome de Cezar do Acordeon apareceu como um dos grandes do acordeon no Brasil. Durante doze anos de carreira, realizou temporadas pelo Nordeste, nos meses de junho e julho, mostrando seu variado repertório de Baiões, Xotes e Arrastapés.

Em mais de 30 anos de carreira, gravou 8 discos de vinil e mais 10 CD’s. Realizou shows por todo o país e participou de diversas produções ao lado de grandes estrelas da MPB, como Elba Ramalho, Gonzagão, Dominguinhos, Almir Sater, Roberta Miranda, entre muitos outros. Em 1996, Cezar do Acordeon participou do Projeto Asa Branca, encabeçado pelo grande Dominguinhos. Participou do projeto “Forró for All” da República da Dança, ao lado de grandes acordionistas, dentre eles, Dominguinhos. Este projeto estreiou no Teatro Municipal de São Paulo e viajou para várias capitais do Brasil.

Apresentou seu trabalho em países da África, em Portugal, Cuba e Buenos Aires. Participou de Shows com o Grupo Reboliço e do projeto Serenata, com o grupo Trovadores Urbanos, viajando pelo Brasil e exterior. Realizou diversos arranjos e produziu cantores como, Carmélia Alves, Inezita Barroso, Claudio Fontana e Trio Sabiá. Entre seus trabalhos mais recentes estão “Respeita Gonzagão”, uma homenagem a Luiz Gonzaga e “Acordeon, Brasil”, que reuniu as suas grandes criações musicais. “EmComOutro” foi seu último trabalho realizado em parceria com Roberto Diamanso e financiado com recursos do FunCultura de Guarulhos.

Em todos os seus trabalhos recentes, temos um verdadeiro passeio por quase todos os gêneros instrumentais brasileiros. Cezar do Acordeon mostra choros, frevos, forrós, guarânias, sambas, e outros ritmos tradicionais brasileiros, além do jazz e da valsa, através de uma linguagem musical apurada, revelando todo o seu talento e sua técnica como um dos maiores acordeonistas do país.

3 comentários:

  1. Parabenizo Abianto por brilhante festa, resgatando o legítimo forró pé-de-serra.
    Aguardamos uma nova visita para nos presentear com outra bela noite de forró.
    Abraços...

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  2. Concordo plenamente com você meu caro Francildo.
    Abianto é um dos melhores músicos do Brasil, pena que não temos apoio do poder local haja visto onde foi parar o nosso chitão no qual era uma referência regional e agora anacrônico.

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  3. que bom saber que cedro esta bem representada
    ,e muito bem pena que não tenham apoio

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