Caros irmãos e irmãs cedrenses. Chegamos a mais um final de ano. As festas de Natal, marcando o nascimento de Cristo, e a chegado do ano novo, enchendo-nos de esperanças, renova-nos os planos de vida e nos dá coragem para prosseguir o caminho. A busca por democratizar minhas opiniões neste espaço, com embasamento e lucidez, faz do momento atual, especialmente, algo mágico, dinâmico, de descobertas. E esse estado de bom ânimo eu quero dividir com todos.
Começa com a recente visita que fiz à cidade do Rio de Janeiro. Acompanhado da minha esposa, Ana Clécia Albuquerque, estive na Faculdade Nacional de Medicina, onde o meu pai, Dr. Obi Diniz, formou-se médico em 1954. O lugar se chama Praia Vermelha, vizinho ao Pão de Açúcar famoso, de natureza exuberante. Observando aquele cenário, pude constatar quão talentoso foi o Criador ao esculpir tudo aquilo. Na Praia Vermelha, onde está a Faculdade Nacional de Medicina, meu pai iniciava o seu curso, entre 1947 e 1948. Daquele, fazia parte a elite do ensino médico brasileiro. Vendo o tudo descortinado, comecei a questionar.
Como é que um jovem médico, em tão privilegiado espaço físico, fazendo parte de um centro de formação médica referenciado nacionalmente, podia sair dali e voltar para Cedro em 1956? Como um médico poderia fazer esse caminho de volta? Que motivos teriam levado Dr. Obi a deixar a cidade maravilhosa e ir para o inóspito sertão cearense exercer seu sacerdócio? Só podia ser um vínculo muito forte com a sua terra, sua gente, sua família. Nascido no Sítio Baixio, banhado nas águas barrentas do riacho da Vaca Brava, ele optou, sim, por voltar para o seu torrão natal e exercer seu mister profissional.
Uma palavra poderia dimensionar a escolha de meu pai: amor. Amor pela cidade, amor pela família, amor pela sua gente. Dr. Obi voltou ao Cedro e, com maestria, exerceu o nobre ofício de proporcionar saúde ao seu povo. Diante dessa descoberta, olhei para o Cristo Redentor e agradeci a Deus por tudo: o pai que tive, a família, a saúde, os amigos, tudo que até agora conquistamos. Renovei as esperanças de caminharmos juntos na luta, tomando como exemplo a coragem e o amor de meu pai. Entendo essa devoção do meu pai pela sua terra.
Cedro é mesmo maior que todos nós.
Com essa fé em Cristo, nós seguiremos em frente, sempre lutando por nossa comunidade, como profissional da medicina e como cidadão que defende uma vida melhor e mais justa para todos.
Desejo a todos, enfim, as maiores alegrias de final de ano, e que 2012 seja repleto de paz, harmonia, saúde e progresso. Grato. Um abraço fraterno do amigo, Dr. Nilson Diniz.
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